A importância das atividades familiares para o desenvolvimento da criança
dezembro 6, 2022O contato familiar faz toda a diferença para os pequenos
Durante a infância, a criança se depara com três agentes socializadores: a escola, os meios de comunicação em massa e a família. Obviamente, todos eles contribuem para o desenvolvimento. No entanto, aquele que tem a maior influência nesse processo inicial é, sem dúvidas, a família.
Afinal, os familiares próximos representam o primeiro contexto de socialização ao qual a criança é exposta, e isso os tornam responsáveis pela construção de uma ambiente seguro, estruturado e afetivo. Inclusive, brincadeiras com a família fazem toda a diferença para o desenvolvimento dos pequenos.
Neste artigo, você vai entender melhor por que o contato com a família é fundamental na infância. Acompanhe a leitura!
Família, o primeiro agente social
O ambiente escolar desempenha um importante papel no desenvolvimento infantil, porém, os vínculos familiares caminham juntos nesse processo e têm uma importância ainda maior.
Isso porque, na verdade, a família é o primeiro agente social que a criança tem contato. Ou seja, é o primeiro “ecossistema” em que ela aprende os conceitos iniciais relacionados à afetividade, segurança, cuidado, interação, emoções e normas de convivência.
Através do relacionamento com a família, os pequenos aprendem sobre si mesmos e seu próprio universo, uma vez que essa interação inicial faz com que eles se percebam como seres independentes e autônomos, e comecem a ter noção de individualidade.
A importância das experiências com a família
Com uma pergunta, uma risada ou um choro, por exemplo, a criança começa a receber algo em troca, como um sorriso, um abraço ou uma resposta de atenção.
Dessa forma, ela passa a perceber o significado e a importância de expressar os seus sentimentos, o que deseja comunicar ou o que quer receber.
Na verdade, mais do que isso, a criança aprende os mecanismos para transmitir o que sente.
Brincar também é importante para o desenvolvimento infantil
Antes das crianças aprenderem pela observação ou por interações mais elaboradas, elas aprendem por meio das brincadeiras. Dessa forma, as primeiras interações com a família que contribuem para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais envolvem o ato de brincar.
Por isso, as brincadeiras são as melhores ferramentas para garantir aos pequenos a oportunidade de ouvir, explorar, falar, experimentar, observar, pensar, movimentar, comunicar, resolver problemas e aprender com os erros.
Além disso, elas são um meio mais fácil e potente de construir um bom relacionamento com os filhos. Passar um tempo brincando com eles é a melhor forma de dizer aos pequenos como eles são importantes e amados.
Diante disso, vamos listar algumas brincadeiras, de acordo com a idade, que ajudam bastante no desenvolvimento dos pequenos. Veja a seguir.
6 meses a 1 ano e meio
Nesta fase inicial da vida da criança, as brincadeiras devem se concentrar no exercício da memória, no aumento da atenção e na retenção de informações:
- brincar de empilhar blocos, derrubá-los e pedir para a criança fazer o mesmo;
- brincar de “escondeu” e “achou”;
- usar um pano para cobrir um brinquedo que mais chama a atenção do pequeno e pedir para que ele o encontre.
1 ano e meio a 3 anos
Aqui, o mais importante é promover a reflexão de ações e pensamentos e desenvolver habilidades de linguagem:
- pedir para o pequeno separar alguns objetos de acordo com o tamanho, forma ou cor;
- propor brincadeiras que simulam atividades do dia a dia dos adultos, como limpar a casa, por exemplo.
3 a 5 anos
Nesta faixa etária já é possível ensinar regras, estruturas e como desenvolver a independência:
- brincar de ensinar a cozinhar;
- brincar de “estátua”;
- brincar de professor ou médico.
5 a 7 anos
Aqui, as brincadeiras já podem envolver o ensino do autocontrole, concentração e flexibilidade:
- jogos de estratégias;
- jogos de tabuleiro;
- jogos com desafios e regras crescentes;
- quebra-cabeça, labirintos e caça-palavra.